terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Hora

Um novo começo vem. E com ele a reflexão de quem quero ser. É hora de olhar pra si, pra dentro antes de olhar, apontar, julgar, expor ou discriminar o outro. É hora de abrir a mente, de rever conceitos estabelecidos a séculos, de tentar ir além, de se colocar no lugar e tentar sentir com o coração do outro. Cada um individualmente é que sabe pelo que passou e pelo que passa em sua própria história. É hora de parar de repetir o que é imposto e começar a dizer o que se sente mais profundamente. É hora de aceitar que somos diferentes e perceber o quanto isso é bom. Chega de rótulos, de receitas de bem viver, de perfeição socialmente imposta, de estabelecer como o outro deve agir. É hora de darmos o direito de cada um ser como ele próprio é. Chega de críticas, de apontamentos, de exposições. E então me diga tudo o que você seria se fosse livre. (Francis Helena Cozta)

2017

(Crônica do dia 26/12/2017)
Tá, era pra eu escrever tudo isso aqui dia 31, mas como já começo a me despedir de ti e me abrir para o novo (afinal foi você quem me ensinou isso), aqui vai 2017...
Se eu estou emocionada? Como poderia ser diferente? Realizei a vontade de conhecer o mar mais lindo do mundo (meus olhos ainda não acreditam) e fui na melhor festa da minha vida com a melhor pessoa do mundo.  Abri o baú guardado há vinte anos num resgate familiar jamais pensado. Aceitei e entendi as bênçãos vindas do DNA e conheci o que significa gratidão. Voltei ao país e aos lugares da minha meninice e foi melhor do que eu imaginaria. Fiz as pazes com o passado. Passei pelo treinamento mais insano da vida... Chorei até desidratar de felicidade por começar a me conhecer profundamente. Me desenquadrarei e comecei a entender o indivíduo como ser extremamente único e individual. Transgredi. Me reconheci e me amei. Estudei, remexi e revirei tudo cá dentro. Me entreguei. Foram 4 peças em cartaz, 7 campanhas publicitárias, 4 programas de tv/internet, 1 clipe, 22 trabalhos como apresentadora, 3 cursos, pré produção de 2 curtas e 1 peça nova, um fim de um ciclo de um ano e meio, e um dos “nãos” mais doloridos que já recebi. Foi o ano do choro intenso, mas também foi o ano da Célia, da Bianca, da mãe e da vovó da menina chapeluda, da Rovena (minha preferida da vida), da apresentadora, de começar a conhecer a Denise, a Fran e a Iris. Incerteza, decepção e medo se transformaram em calma, confiança e coragem. Ás vezes fácil e ás vezes extremamente doloroso. Desafiador 2017, parece que você se junta agora ao 2013 e ao 2015 no ranking dos melhores. Na verdade você já os ultrapassou, e por isso te peço que me liberte, assim como aprendi contigo. Você me prepara para o ano dos números mestres: 2018... Ano 11 e 33 de idade. Alguma dúvida de sua grandeza? Jamais! 2017, como fostes gigante... Só posso te agradecer e dizer que toda vez que me lembrar de ti será com a mais profunda felicidade, pois foi você mesmo que me ensinou que recordar é saudável se me fará ser a melhor versão mim mesmo. Essa imagem representa o que fizestes comigo e é assim que te recebo 2018! Sou só amor!
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Imagem: frame do clipe #pazcorrompida