quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Ser


 Não negocie ser quem você realmente é para agradar expectativas criadas por terceiros. Tenha coragem de decepcionar outrem, liberte-se da imposição da explicação, da justificativa e da satisfação, e tenha força para ser autêntico, mesmo que isso pareça incoerente aos olhos dos demais. Aceite que especulação, dedução e invenção sempre existirão. O outro pode ter visto fotos da sua vida, mas não viu o filme da sua história. Seja quem você sempre quis ser, e mesmo que isso tenha um preço, ele é mais “barato” do que o preço pago por ser quem os outros querem que você seja. Quem leva a sério os insultos é porque também leva a sério demais os elogios e vive em função de recebê-los. (Francis Helena Cozta)

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Dessa Vez

Não tem a ver com o resultado. Espera. Na verdade, tem sim. Não o resultado do que o outro vai achar, mas do que se consegue individualmente durante o processo. Parece clichê dizer que foi diferente, pois de alguma forma sempre é. A questão está no que foi diferente dessa vez. Quase dois anos sem ser quem se é, exatamente não sendo como si próprio. Eu sei, parece loucura (e talvez seja), mas tem total lucidez. O astigmatismo que não existe mais, o misticismo que se foi, a nova percepção, o outro tipo de envolvimento, a nova sensação de ser quem se é agora. Está tudo diferente do diferente que já seria. A paixão e o encontro consigo permanecem intactos, mesmo que também estejam diferentes. Parece paradoxal, mas não é. Eu mudei, tudo mudou, mesmo que algumas coisas jamais mudem (mesmo que estejam diferentes). Experiência íntima e particular, mesmo sendo coletiva. Tudo faz sentido. O Sol brilhava lá fora. Eu subia no palco. (Francis Helena Cozta)