quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Sei

Por ser prudente, por ser necessário, por ser o que quer que deva ser. 
Como posso? Como poderei? Como mudarei o que faz parte de mim? Como não mais esquecer de lembrar? Como lembrar de esquecer? 
Memórias, visualizações, lembranças, dores, confusões que não são minhas. 
Nesse caso não existe nós. Nesse caso não existem nós. Não é nosso. 
Sei dos nós atados por mim. Sei mais do que tento esquecer. Sei do mais, sei demais e não sei mais. Sei o que não me cabe e sei lá. 
Estou só. 
E agora está tudo bem. 
Sei que me lembro de ter que esquecer. (Francis Helena) 

Quarta Posição

Recuamos para avançarmos. Não olhamos para trás. Já sabemos o que foi feito. Recuamos para impulsionarmos. No ballet clássico a quarta posição compreende um pé atrás e outro a frente com o peso do corpo quase que equilibrado entre os dois. Por ser por vezes uma posição preparatória para giros, o peso do corpo fica levemente na perna que está na frente, pois a perna de trás é impulsionada a rejeitar o chão para que o eixo venha para frente e a pirueta se faça concreta. Se um dos pés não ficar atrás, o giro perfeito não pode se concretizar.
É claro que podemos girar algumas piruetas iniciando de quinta posição onde os pés permanecem juntos, mas fouettes somente são possíveis se iniciados de quarta.
É preciso nos prepararmos. É preciso termos um pé atrás. É preciso equilibrar o peso de tudo. É preciso atentar-se ao eixo. É preciso usar a quarta posição da vida. É preciso impulsionar, rejeitar e finalmente girar. Em seu próprio eixo a rotação perfeita. É hora de girar, de sentir o ar se tornar vento. O vento feito por si próprio. É possível fazer ventar e não apenas esperar pela ventania externa. É hora de ser cata-vento. Estou em quarta posição. (Francis Helena)

Amor

O que sentes de fato se pode chamar de amor?
Sentimento nobre esse, sentido pelo não egoísta, não possessivo, não indiferente, não "escravizador".
Não que não o sejamos assim, mas no ato de amar, nada disso combina, na verdade seria o oposto a tudo isso. 
O amor é gratuito. Por vezes nem o queremos sentir, mas já está instalando em nós. Gratuito.
Recíproco.
Gratuito e recíproco.
Nobre.
Não há temor.
Gratuito, recíproco e nobre.
Tão simples querer na vastidão de sensações do bem estar.
Não existe medo.
Se respira através do sentimento.
Doce.
Só há de querer estar.
Não há repulsa. Como poderia, se só se quer vivê-lo por ser o mais forte de tudo.
Abençoados os que assim se sentem.
Completo.
Não há vazio.
Simples.
Abençoados os que o recebem.
Suave.
Só de se fazer uma pequena menção em pensá-lo, já o toma por completo e o faz pleno.
Suave.
Não há insegurança.
Tudo que possa causar desassossego se esvai.
Pleno.
Por que então não simplesmente vivê-lo?
O que sentes de fato se pode chamar de amor? (Francis Helena)

Preciso

Ontem eu me lembrei desse dia. 
Ontem eu revivi essa sensação dentro de mim. 
Ontem me dei conta de que o tempo passa e como isso é bom. 
Ontem percebi o privilégio de ter vivido tudo que vivi. 
Ontem me dei conta do quanto mudei meus conceitos, amadureci, evoluí minhas idéias e que estou diferente.
Para quem achava que o momento do "felizes para sempre" seria a última página do livro, hoje tem um livro novo nas mãos, onde a verdadeira história está sendo escrita.
Apenas o começo.
Ontem olhei pra mim e me senti mais jovem do que antes.
Ontem, vislumbrei o quanto tenho pra viver, e haja quanto.
Ontem só me senti cansada fisicamente, o que sempre foi normal desde que me entendo por gente, mas a alma está nova, jovem e viva, cada vez mais viva.
Ontem me resgatei mais uma vez.
Ontem dormi, óbvio que sonhei, claro que acordei cansada, mas mais uma vez resgatada por mim mesma.
Ontem acreditei que tenho tudo o que preciso, até o que não está em minhas mãos. Até os meus desejos, minhas paixões guardadas, o querer pelo que ainda não vi, minhas metas, eu as tenho porque preciso! (Francis Helena)

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Amores, cores, dores, calores, sabores, fatores, valores, atores. 
 Tempo.  
Distância.  
Vida.  
Se nos faz bem que mal tem?  
O que o tempo nos fez, o que a vida nos fez. Não importa. 
 Tanto a falar mas nada a dizer pois já se sabe de tudo.  
Te tenho, me tens... És assim, assim somos e seremos.  
Olhos e sorrisos. Mãos e cabelos.  
Nós. Um nó, um emaranhado de sensações e um único sentimento.  
Como já disseram... Se não agora, depois não importa... Só amor!  
Inspiração.  
Doces vidas cruzadas por todo o sempre.  
Sempre um motivo para os lábios esboçarem um sorriso.  
Lembranças vivas.  
Latente chama.  
Eu, tu... Nós... Nosso nó... Jamais desatado. (Francis Helena) 

Ressuscitar

Eu poderia escrever a letra de alguma música, pois várias me passam pela cabeça. 
Eu poderia citar um trecho de um algum poema famoso, ou poderia apenas sentir tudo isso aqui, mas há tanto transbordar em mim que seria impossível se assim o tivesse feito. 
O que uma semana nos faz. Nos revira tanto e nos trás sentimentos inteiramente puros guardados no lugar mais sublime do ser. 

Já se é sabido dessas sensações, mas sentí-las de fato nos faz chegar ao resgate e o brilho que nunca se foi, torna a preencher o todo por completo. 
Tão simples, tão óbvio, tão evidente, tão visível e sensivelmente libertador.
Como não querer o libertar e o reencontro consigo se lhe é imposto por si próprio sem esforço. Apaixonada e viva a alma permanece e o ressuscitar da doçura prevalece. 
Difícil agora, é esconder o sorriso. (Francis Helena) 

Traves

Seu jogo é incrível, suas habilidades diferenciadas, sua garra e experiência o diferenciam dos demais e existe resistência para aguentar os dois tempos do jogo. E então mais uma vez, a jogada está em posição ideal, o passe é feito, todos gritam: - "Gol" mas a bola bate na trave. Um milímetro talvez fizesse total diferença, ou não. 
De que adianta ser o melhor jogador em campo, se o time adversário vence a partida? De que adianta ter passes perfeitos, se por um descuido o oponente põe a bola na rede. Por vezes já fostes o melhor campo, mas chegou a hora de ser o artilheiro. As traves já te conhecem muito bem e vice e versa. Chega de bater na trave. Ta na hora de correr pra torcida e gritar com ela: -"Gollllllll!!!!" (Francis Helena)

Envolvimento

Por mais leviano que seja, há de ter algo a mais.
Mesmo na futilidade, uma lógica há de existir. 

Tudo deve agir dentro de si e fazê-lo reagir ao estímulo. 
Difícil fazer só por fazer e difícil mesmo, fazer apenas pela recompensa monetária. 
Há de ter sabor, mesmo que suave, mas sendo levemente doce ou salgado. 
Se for amargo ou até azedo, também estará tudo mais que bem. 
Impossível o viver por sobreviver. 
Se faz necessário envolvimento. 
Se faz necessário mais por mais. 
Um querer que já não se sabe, apenas se necessita pela existência. 
É preciso dizer, é preciso sentir, é preciso se envolver e ser preciso. (Francis Helena) 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Isso

Como é que a gente pode se esquecer de lembrar?! Hein?! 
Parece tão insignificante a princípio, mas é o que de fato tem significado. Como a gente se perde na estrada da vida, como nos desvirtuamos e nos desviamos. O pior de tudo é como nos subvertermos. Nossos valores ficam confusos, não porque não temos certeza da essência em si, mas pelo fato de outros certos valores serem embutidos em nosso pensar, onde na realidade não têm identificação alguma com o próprio eu. Até que em algo aparentemente simples, se é encontrado o que foi esquecido de lembrar. É isso, só isso, tudo isso e sempre foi assim. Que besteira todo o resto. Sempre esteve no lugar devido, por isso talvez pareça que em algum momento se subverteu. E aí tudo vem e volta e fica e... E... E me encontro de novo. Obrigada Laura por me trazer de volta pra mim sem querer querendo por tantas vezes. Sou feita disso e me ajude a jamais esquecer de lembrar. (Francis Helena)

24 dos 29

Dos meus 24 anos de carreira (dos 29 de vida), 4 também são trabalhando como apresentadora de espetáculos, shows, intervenções e peças em eventos e festas. Hoje me dei conta que continuo com os olhos marejados nas retrospectivas, admirando as famílias de verdade, me inspirando nelas e agradecendo a Deus por eu poder ter a minha. Continuo com o frio na barriga ao fazer a contagem regressiva no início do show. Continuo tendo que me conter ao dar a mensagem final onde Deus sempre coloca na minha boca as palavras exatas para tocar o coração das pessoas. Hoje percebo o quanto gosto de ser apresentadora, de dizer naquele momento, quase que sempre improvisado, o que meu coração está sentindo! E é de verdade! Eu sinto o que eu digo de verdade! Agradeço a Deus pelo dom da palavra a mim concedido. Se eu puder tocar o coração de uma única pessoa naquele momento, minha missão estará cumprida. E do que há de ruim já se faz esquecimento em mim, pois o que eu tenho a dizer sempre será maior que qualquer rusga que pareça ser uma pedrinha no sapato ou no caminho! Haja vida pra tanto sentir! Haja vida pra tanto dizer. Eu acredito em tudo que digo! E que venha sempre o que for de meu merecimento! Meu coração vira, meu olhos ficam molhados e minha alma transborda! Que venha o novo sempre e pra sempre! 

Busca

Talvez estivéssemos tão cegos em nossa busca, que o que procuramos estava ao nosso lado e não percebemos, ou simplesmente não era pra ser, pois o melhor está bem pertinho e a frente. Talvez a busca não seja tão cega, mas sim seletiva sem que percebamos. Porque se realmente há uma certeza, poderíamos ter virado a cabeça para o lado. Cegueira? Talvez. Mas a repetição do que já foi vivido intensamente, por vezes, não se faz necessário em nenhum aspecto. Abrindo os olhos, virando a cabeça, mas pode ter certeza que o que se quer de fato, chegará a medida da necessidade e do intenso querer. Venha, e venha como necessito. É hora de festejar o conquistado, não o perdido, pois não se perde algo que nunca se possuiu. Especulações são apenas especulações. Hoje não podemos pensar no "se".

Ah Vai

Chegará o momento de escolhas sem dúvidas, de seleção por opções, de cansaço por alegrias, de certezas do que virá, de ganhos maiores que gastos, de vontades totalmente distintas, de desejos antes não imaginados, de ser somente sincero e de não ser somente por preguiça, de ajuda com vontade, de lugar devido, de responsabilidade pelos demais, de constante aprendizado, de convivência com a inteligência, de saudade apenas do presente, de conhecimento pelo mundo, de não ter mais volta, de altas maiores que baixos, de mão de obra focada e matéria prima correta, de amor trasbordado, de apenas estar ou adequadamente ser. Ah vai! E como a personalidade se faz pela busca, faz-se o novo querer e assim por diante. (Francis Helena)

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sentido

Não sei de mais nada. 
Quanto mais penso menos sei. 
O tempo é algo tão complicado de compreender. 
Difícil encontrar respostas de perguntas nem tão elaboradas. 
Arte pulsante em uma vida esperançosa com a carga de mulher mas o fundo do olhar e o abrir do sorriso de menina. 
Existe tanto ainda. 
Como o querer pela total compreensão do ser, seria perfeito, mas torna-se impossível. 
Visceral característica feminina latente confusa repleta de vivência mas a presença da certeza de algo que ainda não se entende o que é. Há tanto aqui que transborda não sei o que. 
Já não sei mais. Só é preciso querer... Haja querer. 
E assim se vai, se quer e se vive. Que loucura. Continuo sem saber. Rio pra não chorar. Terrível Rio. 
Ânsia pela cor cinza. Já não sei novamente. Mas voltar me instiga e passa. Não importa. 
Na verdade alguns detalhes não importam. Existem outros detalhes que são maiores. 
Mente turbulenta. 
Como não se pode ser marionete, o que ser então?! 
Já não sei novamente. E quer saber?! Ainda bem. 
Assim se é. 
Parece complicado mas não é. Na verdade acho que é sim... O que importa... É hora de sentir. ( Francis Helena)

Amarras



Já não faz mais parte de você.
O seu querer é tão grande, que agora já não é mais seu.
Pois sim, seu próprio universo está ficando pequeno, limitado.
Não existe retorno e não há saída. Ainda bem. Não lhe pertence, já é do mundo. Existe agora a obrigação de vencer. Já está na hora. É a hora perfeita. Quem mandou querer, quem mandou poder?! O dia vem. Você já não estava preparada?! Sempre esteve, ou não. Sim, se já lhe pertence e sempre foi seu, você já está pronta.
Medo não é ausência de coragem. Talvez no momento seja o excesso de prudência que agora já não necessita. Abra os olhos, sinta a felicidade batendo à sua porta e seja forte para abrí-la. Chegou o momento de esquecer de suas amarras. Faça de conta que nunca estiveram ali. Você não precisa mais delas. Na verdade, nunca precisou. Cabecinha dura. Chegou o além, não existe porém. Escrito, entregue. Você não tem mais controle, entenda, já não lhe pertence. Perceba doce criança. Seu querer é do mundo. Amarras? Não sei o que são! (Francis Helena)

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Um

Um dia, uma semana, um mês, um ano.
Uma certeza, uma falta, uma impaciência, uma preguiça, uma busca, um cansaço.
Uma vontade, uma procura, uma desorganização, um desespero.
Uma oportunidade, uma preocupação, um medo. 
Uma escolha, um nervoso, uma fraqueza.
Uma dedicação, uma confusão, uma complicação.
Uma injeção, uma alegria, uma esperança, uma chance, uma vida.
Um vai, um vem, um volta, um começa, um recomeça, um retorna, um despersa.
Um ano, um mês, uma semana, um dia. (Francis Helena)

Mar

Me permita voar. 
Eu tenho os cabelos naturalmente compridos. 

Não vivo de promessas. 
Me acerco querendo e me disperso por assim se dizer da mesma forma. 
Pé ante pé no ladrilho gelado. Pensamento pós pensamento no feixe quente de luz amarela. 
Não me prenda. 
Eu tenho os cabelos naturalmente compridos. 
Doce alma livre de qualquer amarra. 
Me prendo onde quero, porque quero e pra que quero e por vezes só ali, na verdade só ali. 
Te liberto, te desgarro por mim mesma. Mesma alma do meu sempre. Tanto espaço preenchido da certeza. Um complemento tão intenso que o além não me falta, me desgasta. 
Me liberte. 
Eu tenho os cabelos naturalmente compridos. 
Descubro a cada manhã meu amor pela liberdade me dada e a fonte do que me cativa. 
Respiro, alívio, vento. 
A total identificação com o mar tem um porque. Tantos porques! Pra que? Se o que me infla é viver e ás vezes não conviver. Não existe convívio com meu próprio pesar. Desisto quando me ponho o auto cárcere. 
Não me prenda então. Já sou presa ao que me sopra na direção do vento. A maior prova de amor já sentida. Não dependa de mim. 
Me deixe. 
Eu tenho os cabelos naturalmente compridos. (Francis Helena)

Bandeja

Artistas são taxados. Artistas são julgados pela família, pela sociedade, por psicólogos, pelos próprios. Não existe compreensão para esse ser tão rico de sentimentos, e nem poderia. Não há o que ser compreendido, ajudado ou analisado. Artistas necessitam alimentar a arte e dela serem alimentados. Busca constante e eterna. Ser em mutação, teimoso por seu querer por vezes incompreensível até por ele mesmo. Existe apenas sentimento. E tudo que o chega de fora, não é nada perante tamanha vontade e certeza de dentro. Aparentemente complexo, mas altamente apaixonante. Ser intenso e repleto de sensações a serem compartilhadas. Compartilha o que transborda, mas o necessário de fato é sentir. Ser visto sim, mas ser sentido não há comparação. Doce vida louca, pois loucos somos todos e para o artista essa loucura já lhe é taxada, então que assim seja, não importa. Loucos sãos. Sanidade na vida de "nãos" lhe ditos em um ano mais do que qualquer outro receberia em uma vida. E novamente testados... E julgados. Artistas são compreendidos apenas por aqueles que não necessitam compreendê-los e sim amá-los ou por outras almas repletas tão incompreendidas quanto. Não existe tormento algum. A bandeja de sensações lhe é servida. Basta saborear! (Francis Helena)

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Livre

Existe sim desassossego e está tudo bem, porque se é assim. 
O movimento causa paz, parece um tanto perturbador, mas não é. 
Coração liberto, cabeça liberta, alma que voa, que cria, descria, mas se entende. 
Só um sabe o que de fato se precisa. Só um pode sentir o bem estar, o que lhe é confortante e vibrante. Um que não é dependente, mas sim livre. 
Doce alma livre, é única em seu querer inexplicável mas sim compreensível. 
Inexistência de fórmulas e de domínio externo. Um que só, é que sabe o vivido, o sentido, o tocante, o esquecido, o o guardado, o exteriorizado. Só. 
Não importam as rusgas, pois delas também se é tirado o bom lado. Lado a lado, alma e vida de um... Sem muletas... Único, sólido, loucamente consciente, independente e livre! (Francis Helena)

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Mais

Me pego pensando que sempre que chegamos a um certo ponto, precisamos de mais. 
E isso nunca se cessa. 
Mais trabalho, mais sensações, mais vida e até mais querer. 
Ambição, vontade de crescer, necessidade de mudar... Não importa qual seja a designação dada a esse sentimento, mas ele sempre vem e te faz despertar. 

Perceber que não temos limites, nos faz de fato querer ir além... Além de tudo que já pudemos viver. Somos ridículos quando achamos que estamos certamente onde deveríamos, pois nunca estamos. 
Poderosa a visão quando nós permitimos que ela seja como um espelho para nos vermos tal como somos! 
E como somos grandes, todos somos e queremos mais! 
Livre espírito do querer, da vontade de ir, navegar, voar, conquistar, viajar, conhecer e se auto conhecer. 
Vida sem limites para aquele que tem dentro de si a paixão vivaz por si mesmo e pelo que ama na vida. 
Preciso, necessito, sinto mais e a mais. Nada a ver com pecado ou ganância... Aliás, palavras essas que não fazem parte de um vocabulário tão rico que nem fazem falta. 
Mais brilho, mais emoções, mais vivências, mais conhecimento. 
Mais... Eu quero muito mais e sei que quando me sentir estável novamente, o querer vem com mais e mais força. Não há limite, não existe fim... Me desejo mais... (Francis Helena)

Nós

Pequena grande doce alma irmã!
Amo-te por saber exatamente o que és para mim e o que sou para ti. 
Vida repleta de beleza natural, sinceridade sem igual e amor incondicional. 
Amo-te por te conheceres desde o momento mais alegre de minha vida. 
Amo-te por ser meu referencial de confiança. 
Amo-te pelo fato de simplesmente existir. 
Mulher talentosa, gêmeas na alma, almas vindas de um mesmo lugar... Não poderia existir perfeição maior que meu amor por ti. 
Vá minha princesa, brilhe, mostre tua luz... Ela é só tua e o mundo necessita dela... Eu necessito! 
Vá linda menina, presenteie o mundo com seus dons. 
Vá doce mulher, seja o que tu és onde quiseres e o que quiseres ser! 
Amo-te por todo o passado e o eterno futuro. 
Amo-te por ser quem fui e quem também serei contigo em minha existência. 
Se me perguntares o que é amor verdadeiro, te responderei eternamente: nós. (Francis Helena)

Doce

Aprendi que recordar momentos de felicidade só te faz bem! 
Não tenha medo de sentir-se novamente amado, realizado e inteiro. 
Do que adianta se lembrar do que te fez mal?! 
As lembranças não precisam ser exigentes, elas podem ser e são doces. 
Se você viveu algo feliz, esse sentimento pode ser reavivado sempre, pois ele é seu! 
Se você soube ser feliz, então você saberá ser sempre que quiser. 
Doces lembranças, doce futuro! 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Butterfly

Somos nossos próprios inimigos. A experiência mais libertadora é tirar de você um fardo posto sobre si próprio. Se você o colocou, cabe somente a você tirá-lo dali. A neblina se vai e você percebe que aquele fardo era tão imbecil, pois querer estar onde não se admira não faz o menor sentido. Tudo está leve e agora talvez o mais difícil você consiga enfrentar. O inimaginável. Como é bom ter paz e talvez até borboletas no estômago novamente, ou seria uma butterfly? Não importa, pois o que vale é simplesmente a sensação de estar. Não pensem que é conformismo, pelo contrário, é plenitude. Jamais imaginamos chegar a essa sensação tão límpida, clara, calma, viva sim, mas altamente calma. Percebe-se mais uma vez que está tudo bem. Não há mais comparações infundadas. Velhice, anonimato e outras tantas palavras estão presentes numa mente em mutação. Se for mais uma fase, está tudo mais que bem em vivê-la. Não existem especulações se passará ou não. O que há de se sentir agora prevalece. Adeus fardo maldito. (Francis Helena) 

Do Que Se É

Como o despertar de um sono profundo. Como tirar uma venda dos olhos. Como ver o Sol brilhar depois de muita tempestade. Como sentir o calor após um longo inverno. Como ter esperança. Como ter um sorriso no canto dos lábios. Como ter novamente um segredo. Como querer renascer. Como querer desbravar. Como entender certos e não mais querer entender alguns. Como saber que se é mesmo diferente. Como perceber que realmente o coração esperava por mais. Como romper barreiras. Como se sentir grande. Como não se comparar mais ao incomparável mesmo. Como enxergar o que o fazia medíocre. Como vislumbrar que é possível o nem antes cogitável. Como querer de verdade. Como não ter dúvidas. Como ter certeza do que se é e não de onde ser. Do que se é! (Francis Helena)

Sabotagem

As pessoas te perguntam "porque?" 
Você se pergunta "porque?"
A resposta parece sempre ser "não sei."
Para algumas perguntas aparentemente óbvias, parece não haver respostas. Você tem quase certeza de que não há resposta... Mas há. 
Somos sabotadores de nós mesmos.
Cada indivíduo tem seu processo em cada ramo de sua vida e cabe a cada um desvendar o que oculta esse processo para o auto desenvolvimento. Por vezes simples, por vezes complexo. Em um determinado ramo, simples pra um. No mesmo ramo complexo para outro. Quanta sabedoria há que se ter para tanta compreensão. Ter uma pequena consciência do próprio processo já é um pequeno passo para achar a resposta dos "porquês" para substituir o tal "não sei".
Dentro de si, está claro que "não sei" não é o que se basta e que se sabe de fato resolver tal enigma. E a busca do "porque" se inicia mais uma vez (mesmo já sabendo a intrincica reposta).
(Francis Helena)

29

Ela se veste de céu, o da cor do dia e o da cor da noite também. Ela se vê nova e se sente velha. Ela se vê velha e se sente nova. Ela vê que tudo passa, tudo o que tem de passar é o tudo que passa. O que é dela livremente fica. Ela é princesa, ácida, irônica, mas princesa. Ela ainda sonha... Bobagem... Que sonhos pequenos perto do que ela pode realizar. Ela sabe da vida e de nada sabe. Ela sabe amar, e como amar e mais amada ser. Ela se entrega ao intenso e ao intensivo também. Ela tem 29, não 19. Ela não é menina-mulher, talvez mulher-menina... Não! Ela é mulher. Ela chora de felicidade. Ela ri de tristeza. Ela se realiza com pouco e é boba ao pensar que precisa de muito. Ela escreve porque sente demais. Ela transborda seus adjetivos. Ela é a sanidade personificada na loucura. Ela é artista de alma. Ela se pergunta: hoje estou onde gostaria?! E se responde: Não. Ela se pergunta: hoje sou quem eu gostaria?! E sem a menor dúvida de imediato ela se responde: SIM. (Francis Helena)

Tanto

Lástimas, defeitos, cicatrizes, imperfeições, experiências. 
Acúmulos de sentimentos. 
Vida repleta de caos, recheada de ternura, afundada na paixão, rodeada de certezas, atormentada por quereres, permeada pela dualidade, abençoada pela vontade, amaldiçoada pela preguiça, dedilhada pela moral, inspirada da justiça, fomentada pelo novo, vivida a beira da insensatez. Onde se coloca o tanto?! (Francis Helena)

terça-feira, 18 de março de 2014

Eu Não Poderia Cantar

Eu não poderia cantar tendo a voz interior com vontade de gritar ou por vezes sussurrar o inesperado. Eu não poderia cantar tendo sentimentos expostos acima de qualquer técnica. Cabeça e coração iniciam um uníssono onde o domínio é total até o coração transbordar e o intervalo mais fácil de ser afinado se torna dissonante. Eu não poderia cantar lendo a partitura e em determinada nota a vista se tornar turva e a melodia se desviar por não conseguir seguir a harmonia estabelecida, pois o coração mais uma vez é quem realiza o vibrato. Eu não poderia cantar tendo o coração cifrado e este não tem o mesmo poder do cérebro de levar a mensagem as cordas vocais para estar no tom devido. A mensagem enviada pelo cérebro se dirige diretamente a esse mesmo coração que canta sua própria canção quase sempre inédita. Eu não poderia cantar estando completamente refém das ondas harmoniosas vindas de um certo local onde não se pode ter domínio, muito menos ser analisado. Eu não poderia cantar tendo a total ausência de fórmulas. A voz embargada é consequência da sinfonia ali estabelecida naturalmente. O olhos marejados surgem estando uma oitava acima desse embargo... E por fim, o tom, a afinação e até mesmo a melodia já não importam diante de tal estrutura musical simétrica. (Francis Helena)

Deveria

Descobri que o único problema na vida é ter que ganhar dinheiro. 
Se eu não precisasse de dinheiro, todos os meus problemas estariam resolvidos... Sonhos seriam vividos, objetivos seriam alcançados, tempos não seriam desperdiçados... A vida de fato seria vivida e eu estaria onde deveria! (Francis Helena)

Poesia

Em tudo o que vejo. Em tudo o que sinto. Em tudo que imagino. Em tudo o que foi passado. Em tudo o que será futuro. Em tudo que eu possa dizer. Em tudo que me é dado a fazer. Em tudo que escolhi. Em tudo que penso. Em tudo que eu possa transformar. Em tudo que me acerca. Em tudo que percebo como sinais. Em tudo que sei que vem de Deus. Em tudo que eu respiro. Em tudo que eu tenha certeza. Em tudo que eu tenha fé. Em tudo que me foi dado. Em tudo que está distante. Em tudo que se é percorrido. Em tudo que se faz necessário. Em tudo vejo poesia. (Francis Helena)

Significado

Objetivo.
Que existe independentemente do pensamento; que diz respeito ao mundo exterior (opõe-se a subjetivo). Que expõe, investiga ou critica, baseando-se nos fatos e não nos sentimentos; isento de parcialidade: crítica objetiva. Fim a atingir; alvo, propósito.

Sonho.
Associação de imagens, frequentemente desconexas ou confusas, que se formam no espírito da pessoa enquanto dorme. Ilusão, fantasia, devaneio. Desejo intenso e vivo. Visão sobrenatural.

Utopia.
Situações determinadas em que os indivíduos estão em estado de felicidade e harmonia. Local em que tudo acontece de maneira perfeita e/ou ideal. Que está no âmbito do irrealizável.

Sempre tive a certeza de cada significado. Mas em dias como hoje, me vem o questionamento a mente: - "Será que eu os confundo? Será que não tenho tanta certeza de seus significados?"
Respostas? Não em dias como hoje. (Francis Helena)

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Sinais

Cabe a cada ser interpretar o que chega até si próprio. 
Falhos quando não percebemos o que vem de forma subliminar. 
Mundanos somos com sensações invertidas as que deveríamos compreender. 
Únicos. E assim sempre. Mesmo que descartáveis (aparentemente). Será que não seriamos imprescindíveis agora em outra situação ou a nós mesmos pela nova necessidade? 
Experiência, técnica, sensibilidade e dom... Ah, mistura perfeita para sublimar. Mas esperem... Esqueci da cereja do bolo: o crescimento eterno. Agora sim os sinais serão enxergados. Está claro. A névoa é desfeita e a vista humanista se vai. Não se pode ensinar o que é espontaneamente nato e muito menos aprendido. A ausência de fórmulas é o que torna especial. Talvez toda a mistura já mencionada é o que diferencia, mas o que eleva é o desprendimento de si (com total consciência) para ir além. 
Incompreendidos os poetas pelos que não são tocados ou buscam razões. Não importa, pois dali tudo foi sugado. Não há limites para o crescimento e este sempre terá espaço para os que compreendem os sinais. (Francis Helena)

PB

Eu seria capaz de largar todos os meus sonhos se fosse pra que os seus se realizassem. Se me fosse dado o dom, eu arrancaria do seu peito a angústia, a dor, o sofrimento, a preocupação e rechearia o meu. Se eu pudesse te protegeria a todo momento de qualquer falta de desamor ou presença de temor. Se a mim coubesse, eu preencheria seus pensamentos apenas de esperanças e plenitude. Eu anularia asminhas vontades se isso lhe trouxesse paz e convicção. Eu faria qualquer coisa para que você fosse feliz todos os dias. Em dias que a vida está em preto e branco é que percebemos o quanto de amor temos aqui dentro. Se eu pudesse enxergaria o mundo em preto e branco para que você enxergasse uma palheta extensa das cores mais lindas que pudessem existir. Se eu pudesse, transferia a minha paixão pelo tal querer pra dentro de ti. Te preencheria com cada lágrima de felicidade já sentida por mim, mesmo que me esvaziasse. Te daria a minha memória dos mais lindos momentos vividos mesmo que me custasse o esquecimento. Nada me ocasiona mais sofrimento do que saber que isso possa estar acontecendo com você. (Francis Helena)

Marinheiro

Que fissura é esta de querer estar? 
Que loucura é esta por querer sentir o balanço, o bambear das pernas e a instabilidade? 
Que vontade é esta de acordar cada dia num lugar? 
Que querer é este de olhar o nada, ver céu e mar se tornarem um só? 
Que desejo é este de não dormir onde dia e noite tem importâncias distintas mas de mesmo pesar? 
Haja mar pra tanta vontade! 
Haja vida pra tanto querer! 
Ah, se eu fosse marinheiro...

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

"Haja hoje pra tanto ontem."

"Haja hoje pra tanto ontem."
Mas ainda há um mundo a conquistar, e dentre o todo de tudo mais lindo vivido e me oferecido, eu escolhi. Difícil lidar com este coração cheio de parênteses, recheado de vidas vividas intensamente mas pode-se dizer teimoso também por suas inegáveis certezas. Aparente sem motivos, mas vindo desta alma, todos os motivos existem. Vidas entrelaçadas divinamente proposital. Não se apaga o vivido, se guarda como o sentimento lapidado da ternura de uma existência privilegiada. Quantas sensações... Ainda bem vida e bem-vindas as que ainda virão! Está tudo aqui, claro, em seu devido lugar. E está só começando... (Francis Helena)