terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Tradução

As palavras faltam quando na verdade não se sabe o que dizer. Alguns sentimentos, algumas sensações são quase que impossíveis de serem traduzidas em qualquer que seja a forma. Certas coisas de fato não têm definição. Grupo, encontro, identificação. Busca, aprimoramento, estudo. Sinergia, envolvimento, paixão. Ritual, magia, arte. E todo e qualquer porém se esvai. Alcança-se a plenitude dos sentidos, talvez antes jamais sentidos. Uma imensidão de seres, luzes, energias, vibrações, e quem sabe, traduções... Da união de um todo com passado, presente e futuro misturados, pois o tempo perante esse emaranhando de bênçãos, não entra em voga. Um reflexo de alma, de missão, de vocação, de não se sabe o que mais... De algo divino. Conexão orgânica com os mais lindos acordes numa partitura desenhada por anjos e fadas. Talvez essa seja a tradução... A Arte. E tudo então se torna visível, pois ultrapassa, transmuta e realiza. (Francis Helena Cozta)

Foto por Anette Naiman na estréia de Romeu e Julieta no Teatro Garagem.



Meninice

Vivo de suspiros, sofro de lonjuras, potencializo poesias, acrescento espaço no peito e recheio mais o coração. Aumento a meninice e me apaixono mais uma vez. Esqueço os números, os fatos e os porquês. Relembro o bom, o bem, o sim e de mim. Caminho na corda bamba da liberdade e sinto tudo o que posso, o que devo, o que sei e o que vem. Enxergo nos outros o reflexo do que agora está em mim. Convivo inteira e secretamente comigo. Não busco entender, pois não se faz necessário. Eu vou, eu vôo... (Francis Helena Cozta)

Coisas

Nem se sabe como e o que pensar. Não há o que pensar, há um pesar. Doce pesar. Peso que não se pode carregar. Peso, aliás, que torna tudo leve. E torna a sentir as antigas, mas completamente novas sensações. Treze, vinte e três, trinta. Números pesam, números, números e pensamentos, pensamentos e desejos, desejos e coisas. Muita coisa. É o corpo rejuvenescido. Jovialmente instintivo e maduramente necessário. É leve, mas pesa. Quanto maior as asas, mas se pode chocar nos obstáculos. Asas pequenas seriam de mais fácil uso, mas se torna inviável. Vôo efêmero. Se és efêmero que seja intenso. Ah, intensidade, és sempre a que ocasiona o todo de um porque incompreensível. Por ser vontade não está a vontade, ao dispor sim, mas não como se devia. Bom, intenso e efêmero. É leve, mas pesa. É que são muitas coisas. (Francis Helena Cozta)

Dentro

Então a compreensão. Disciplina nada tem a ver com cobrança. Para se ter disciplina é preciso tranquilidade. E mais uma vez, tranquilidade não combina com cobrança. É preciso paz. Tudo é um processo de dentro para fora. A paz de dentro se reflete por fora e cada um como ser individual deve buscar sua paz, para assim transcender e simplesmente transparecer. O seu encontro consigo mesmo é totalmente diferente dos demais. Não se cobre. Não se compare. E não se inspire em algo da internet, não se inspire em mim, não se inspire em ninguém... Inspire-se em você mesmo, traga de dentro de você o que só você sente que te falta para que se sinta completo. Sua luz é única e seus desejos também. Não existem padrões, regras, obrigações, nem pressões. Cada qual com seu tempo, seu amadurecimento e seu entendimento de dentro pra fora. Somos por fora, a transformação iniciada por dentro... Eu não rôo mais as unhas. (Francis Helena Cozta)

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Sem título.

Eu não fui feita para arrastar multidões ou dizer o que a maioria quer ouvir. Eu fui feita para fazê-la pensar. Eu raramente estarei do lado da maioria e do óbvio da massa. Eu prefiro pensar: -"E por que não ir em outra direção?" Eu não tomarei uma decisão baseada numa doutrina ou num dizer religioso. Frases feitas me incomodam e conceitos antigos também. O que eu pensava ontem, posso pensar diferente hoje, pois é para isso que estou aqui... Evoluir. Tenho aversão a tudo que nos tira a liberdade e a escolha de sermos quem realmente somos. Abomino rótulos. A futilidade não faz parte do meu ser. O interesse pelo modismo passa longe de mim. Acredito que a internet é mais um meio de sermos os personagens que desejamos ser para os outros, e que só quem nos conhece de fato, são aqueles que estão sempre no nosso dia a dia convivendo com nossas transformações interiores. Não vejo sentido em ter outro ser humano, que só se conhece pelo que ele posta, como exemplo de vida a ser seguido. Qualquer tipo de fanatismo para mim é algo que remete a doença, e a busca pela perfeição, idem. Nada em mim beira a perfeição, pelo contrário, tenho aversão a isso. Nossos pequenos defeitos é o que nos diferenciam dos demais. Sigo minha intuição, acredito no amor e no perdão, mesmo sendo um desafio perdoar sempre. Muitas vezes meus dizeres podem ser complexos, mas está tudo bem, eu fui feita para os raros. (Francis Helena Cozta)

Eu

É que eu tenho os pés no chão, o coração na boca, as mãos nos sonhos, os pensamentos no divino, as pernas no mar e os braços no céu. É que eu tenho todas as vontades do mundo e a mais vibrante serenidade. É que eu tenho o choro da felicidade e a respiração da alegria. É que eu tenho o agradecimento completo e a inquietude do querer. É que eu vibro com o pouco pequeno e com o muito gigante. É que eu tenho asas, a dança e a arte. É que eu sinto... (Francis Helena Cozta)

Percepção.

Parece ser saudade. Mas é um pouco diferente. Não há saudade de um alguém. A existência é a saudade do momento sentido, da sensação vivenciada, do instante eterno. Mas se foi vivido por um único ser, só cabe a ele a compreensão desse sentimento... Pode-se dizer então que a saudade é de si próprio. Saudade dele mesmo ou de como ele mesmo era. Então está tudo bem, pois está tudo no devido lugar. Cada qual em seu devido lugar. Doce é a compreensão do saber. Agora. Agora não mais como antes. Não há porque querer reviver, pois agora se é novo, renovado. Não se pode mais misturar. Já se fez diferente e cada vez mais entendido e perceptivo. Daquilo que está lá, ficou realmente para trás. Daquilo que está aqui, ah... Se intensifica instante a instante e mais uma vez renovado. Não está mais lá. Na verdade sempre esteve aqui. Elegantemente diferente, sensivelmente apaixonante, perceptivelmente único, para os sábios, para os raros, para os sensíveis, para os perceptíveis. Suave e distinto, pois a percepção veio da essência. (Francis Helena Cozta)

Começo, meio e fim

A casa, a profissão, a família, os objetivos, as obrigações, a internet, o celular, os outros, a vida, por vezes nos faz estar em constante aceleração. Um dia após o outro e por vezes esses dias não parecem ter intervalos. Um se sobrepõe ao outro na constante busca pelas conquistas e na verdade o que parece é que os dias não têm começo, meio e fim. Um dia se embola no outro de tal forma que já não sabemos o que comemos pela manhã, ou como terminaremos ESSE dia. Tudo isso também ocorre quando estamos na inércia, no vazio, ocos e se sentindo sem função. Os dias também parecem ser todos o mesmo dia. Chegou a hora de desacelerar, de entender, de se concentrar, de deixar o celular e os outros pra lá por alguns momentos que precisam ser somente seus. É hora de se lembrar que cada dia é único e que cada um pode ser diferente. É hora de fazer as coisas com calma, sem cobrança, vivenciando cada instante. Descobrir a sua própria maneira de começar e terminar cada dia, para que esteja descansado e firme para o próximo completamente novo que virá. Pois sim, certas coisas precisam ter começo, meio e fim. (Francis Helena Cozta)

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Beleza

Estou gostando do que é de verdade. Estou gostando de cabelos despenteados, de gente que ri pra valer, de postura autentica, de leveza, de sutileza, de delicadeza. Estou gostando de rugas, de olheiras, de pintas, de manchas, cicatrizes, de gente como se é de verdade. Estou gostando de tudo que é suave e natural. Estou gostando do imperfeito ao olhos de uma sociedade viciada em falsos padrões. Estou gostando do invisível, da essência e da verdadeira beleza. (Francis Helena Cozta)

A mim

Se a mim fosse concedido, eu pediria a Deus para que jamais o cansaço físico me pegasse, para que eu pudesse desfrutar de todas as belezas concedidas a mim, sem se cessar. Se a mim fosse concedido, eu pediria a Deus ter além de cinco sentidos para sentir a beleza constante do viver. Se a mim fosse concedido, eu pediria a Deus que os segundos tivessem uma duração a mais para que o meu querer fosse além do ser. Se a mim fosse concedido, eu apenas viveria na plenitude dessa paixão que me assola a cada instante. Há muito e muito mais, e muito além. Apaixonada por mim, pela vida, pelos dias passados e pelos bem próximos que estão por vir. Apaixonada pelas conquistas, pelo viver de cada instante, e pela felicidade agora sentida. Se a mim fosse concedido, eu pediria a Deus para viver eternamente assim. Se a mim fosse concedido, toda possibilidade se tornaria vivência. (Francis Helena Cozta) 

Ilusão

O que se faz mundano é ilusório. Sua ira é uma ilusão, seu desassossego sobre o burocrático, o previsível, o irritável, é uma ilusão. A matéria faz crer na realidade infundada, no pesar da mente, no desejo humano. E após a penúria, vem o despertar... Mais uma vez, mas diferente dessa vez, pois todo novo despertar é distinto. O sentir, o ser, o estar... Ah, doce realidade... Tú és a verdade da essência evolutiva... Tú és uma partícula do divino habitada no ser.(Francis Helena Cozta)

Éfe

Fluência.
Flutua, tua... Consciência.
Fluir, ir... A florir e repartir.
Fluxo. (Francis Helena Cozta)

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

18 anos

Há 18 anos, 8 meninas com uniformes verdes e maria-chiquinhas entrariam na casa de milhões de brasileiros com uma certa missão. Há 18 anos, 8 meninas já moravam há 2 meses num país com língua e costumes até então desconhecidos. Há 18 anos essas mesmas meninas marcariam de tal forma a vida de uma geração, que se alguém tivesse previsto, ninguém acreditaria. Há 18 anos descobriríamos que "a vida é uma festa de sons, só tem que escutar com atenção". Há 18 anos estaríamos sempre atentos para "ver sair o Sol para se dar conta que o dia vai ser bom" e saberíamos que "as palavras só te dizem um pouquinho da verdade, os olhares nunca mentem, falam com sinceridade". Há 18 anos atendo também por outro nome que não o meu de batismo. Há 18 anos sou "Cris" para desconhecidos, colegas, amigos, professores e fãs. Minha doce e apaixonada Cris, presente da minha vida, sou tão você e você se tornou parte de mim. Quantas vezes quis te esquecer, mas como fazê-lo se todos os dias me fazem lembrar de sua existência em minha vida. Minha menina ingênua, talvez somente esse ano tive a coragem de cortar literalmente suas tranças. Mas de algum modo você continuará apaixonada, doce, inteligente, ingênua, querendo emagrecer e casar com o Mosca. Não existe possibilidade de esquecer o que nos toca o coração. E hoje com muito orgulho do vivido me sinto abençoada por ter feito parte de alguma forma, da formação de muitas crianças. Hoje, essas crianças que se tornaram adultos, ao chegarem a mim e me perguntarem: -"Você é a Cris?" - me fazem enxergar em seus semblantes o lado mais puro que têm. Suas fisionomias voltam a ser as mesmas de 18 anos atrás. Obrigada Senhor pela bênção de viver tudo isso, afinal "quem foi que disse que inventava uma poesia de amor... FUI EU QUEM DISSE!" (Francis Helena Cozta)

Encontro

Não existe mais qualquer adversidade. O desassossego leve é somente por querer mais essa sensação. A todo momento uma nova mudança. O externo se torna de fato um espelho do que há por dentro. O constante sorriso leve se faz presente. É acessível. Tão necessário. Viver sem se torna inimaginável. O todo de tudo se interliga e toca o que pode haver de mais profundo. Vive-se agora o que é mesmo real. A compreensão do caminho individual, a ausência de comparações, o olhar para dentro, a tranquilidade no pensar, a leveza no pesar, o viver em si, o entendimento da missão, a consciência dos pensamentos, o olhar próprio em relação ao mundo, o desfazer das vendas, o amadurecimento, a tranquilidade, o amor, a transformação, a Sua presença. Os cinco sentidos se tornaram pequenos. Me encontrei Contigo. (Francis Helena Cozta)

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Desafio

"Amai ao próximo como a ti mesmo". Wow! Tão complexo. Ouvimos tanto isso que parece ser banal, mas é mais profundo. Amar tem a ver com entender, mas por vezes também em não compreender, e simplesmente respeitar. O quanto respeitamos a nós mesmos? Amar é aceitar e perdoar sem que nos machuquemos novamente. O quanto nos perdoamos de fato? Muito antes de querer compreender o outro, é preciso se auto entender, respeitar, perdoar, para assim, quem sabe, nos amar. Como podemos dar amor se não o conhecemos, se não amamos a nós mesmos. Quando não queremos ver alguém, simplesmente não ligamos, não marcamos um encontro e assim deixamos pra lá. Agora, como fazer isso com nós mesmos? Temos que conviver 24 horas, 365 dias por ano com alguém, onde não se pode tirar férias (nem mesmo uma folga), e ainda é preciso amá-lo de verdade para que se possa amar os demais. Não é uma tarefa fácil. No fundo sabemos dos nossos defeitos e somos obrigados a conviver com eles, tentando mudá-los ou não. Nossas qualidades precisam ser ressaltadas por nós mesmos, e só assim enxergaremos as qualidades nos outros. Trabalho árduo é amar sem julgar, punir e de fato perdoar alguém onde acompanhamos os pensamentos mais obscuros e medrosos. Então é aí que entra em cena o amor. Se formos capazes de nos amar apesar do nosso pesar, seremos tão capazes de amar os que estão ao nosso redor. É preciso olhar pra dentro primeiro. Desafio da vida. (Francis Helena Cozta)

Justa

Não há decepção, e sim confirmação. Nada mais me deixa indignada, apenas dá preguiça. E de fato a preguiça não lhe trás benefícios. Então é preciso eliminá-la, assim como tudo que trás controvérsias. Hoje eu te proponho olhar para trás e analisar o que foi vivido. Primeiro lembre-se das coisas lindas conquistadas e agradeça muito, pois só você sabe o quanto são importantes. Depois lembre-se das adversidades vividas, e aí então, quando uma graça for alcançada a partir de agora, você terá certeza que o merecimento é certo. Nunca pense que o que se tem não foi merecido ou é demais pra você. Chega uma hora que é preciso colher os frutos. Não deixe que eles estraguem por terem passado do ponto. Você plantou, os viu florescer, acompanhou o amadurecimento, então agora, apenas colha. O antes te preparou para o agora. Então reflita... A vida não é injusta e muito menos frouxa. A vida é justa. (Francis Helena Cozta)

Gente

Tem gente que fala demais. Tem gente que engana a grande maioria. Tem gente que mostra exatamente o que não é. Tem gente que mente até para si próprio. Tem gente disfarçada. Tem gente fajuta. Tem gente diferente. Tem gente como a gente. Tem gente disposta. Tem gente que brilha no anonimato. Tem gente que é só para os raros. Tem gente que toca o coração. Tem gente que é leve. Tem gente suave e natural. Tem gente que te faz sorrir. Tem gente que só veio amar. Tem gente que te faz lembrar quem você realmente é. Tem gente que te aproxima de Deus. Tem tanta gente, mas pouca gente... Tangente. (Francis Helena Cozta)

Regra

Ás vezes complexo, de difícil entendimento. Ás vezes fácil, de simples compreensão. Ás vezes intenso, com simplicidade de sentir. Ás vezes óbvio, com dificuldade de execução. Cada dia é um, cada momento é único. Por vezes enlouquecedor, por instantes renovador. Inatingível, costumeiro ou somente executável. Doce ofício enlouquecedor. Um querer por todos os lados, por todas as vertentes e a busca na excelência. Não há regra. Não a regra. Não à regra. (Francis Helena Cozta)

Sua Luz

Siga sua intuição, faça somente o que se pode colocar o coração, acredite em seus propósitos, tenha coragem para mudar o que te incomoda e continue mudando o quanto achar necessário, só você sabe o que faz sua alma vibrar, não tenha vergonha do que pensarão de você. Tenha disponibilidade para se tornar tudo o que você pode ser, esteja com os olhos abertos para enxergar o lado bom das coisas, você é o dono da sua história, escreva-a da maneira com que gostaria de lê-la, não deixe nada tirar seu brilho, ele é só seu e você é único, nada pode destruí-lo a não ser você mesmo. Sinta sua luz e emane-a. E não se esqueça... É preciso paixão para viver! (Francis Helena Cozta)

Rumo

Estou disposta, tudo que me chega é bom, o que me acerca me inspira, não existe espaço para melancolia. A cada dia mais querer. Meu sono já não é mais empecilho. Meus medos ja não são mais o motivo. Eles fazem parte de mim, mas não mais me prejudicam, pois aprendi a dominá-los. Sou eu o dono da minha vida e Deus, o da minha existência. Me encontro de novo e encontro o novo. Redescobertas, vontades, certezas e verdades. Vida nova a cada amanhecer. Já não entristeço de saudade, choro de felicidade pelo vivido. Me aceito no que quero e de fato mudo realmente o que me atormenta de verdade em mim. Já mudei e assim espero continuar fazendo. Não há um certo rumo. O que encontrei agora, foi meu prumo. (Francis Helena Cozta)

Jogo

Se olhe. Olhe para cima. A vida é um jogo sem pontuação de vencedores. Sua única competição é com você mesmo. Seja corajoso para mudar o que te incomoda e tão corajoso quanto para manter seus valores. Brinque. Se divirta consigo. Imagine o que quer que seja e mais uma vez tenha coragem para colocar em pratica. Ame a prática e a utopia também. Sua vida é única e exclusivamente sua. Agrade a si mesmo. Olhe para cima de novo. Agradeça por ser quem é. Olhe a sua volta. Tenha paciência e compaixão. Então se olhe por dentro e sinta. Feche os olhos e mais uma vez agradeça. Jogue. Mesmo que não tenha uma linha de chegada, o jogo vale a pena. Lute pelo que acredita e mais uma vez tenha paciência e compaixão. Se ame. Só você sabe quanto amor existe em seu ser. Então... Olhe para cima e agradeça.(Francis Helena Cozta)

quarta-feira, 25 de março de 2015

De Fato

Se de fato atraímos certas pessoas de acordo com o que transmitimos, meu Deus, que pessoas são essas?
Se de fato as coisa vêm no momento certo, meu Deus, que momento é esse? 
Se de fato sentimentos o que precisamos em certo tempo, meu Deus, que sentimentos são esses?
Se de fato colhemos o que plantamos, meu Deus, que colheita é essa? 
Se de fato a recompensa vem quando merecemos, meu Deus, que recompensa é essa?
Se de fato, só amadurecemos quando aprendemos, meu Deus, que amadurecimento é esse?
Se de fato o aprendizado vem com o tempo, meu Deus, que lição é essa?
A vida é exatamente tudo o que você não pode imaginar.
De fato uma ansiedade.
De fato um frio na barriga.
De fato uma mistura entre ser leiga e experiente.
De fato, o novo.
De fato, o querer.
De fato o que deve ser.
De fato o que tem a ver e o que tem haver.
Alma que clama, verdade que chama, cabeça reclama, vida que ama.
Aproveitamento... Completude.
Coragem menina. De fato é chegado o que necessitas. (Francis Helena Cozta)

Precisava

E então a vida te presenteia com exatamente aquilo que você pediu e com o que de fato você precisava no momento. Realmente as recompensas e os encontros da vida vêm na hora exata e muitas vezes o que você achava que queria era diferente do que se merecia e precisava. Mas no fundo você sabia. Sempre pedidos, quando suave e naturalmente feitos (muitas vezes sem que percebamos claramente), são atendidos. Cada um sabe dentro de si o que o completa e o que a própria alma clama. Porque quando a inexistência da dúvida é total, fica óbvio o que deve ser feito. Que o meu medo e a minha ansiedade se transformem em aprendizado e realização. Transformação e agradecimento. De dentro pra fora ou de fora pra dentro. O momento oportuno e a certeza do caminho diferente dos demais. Eu sempre soube, eu já sabia, eu precisava. E agora chega a hora de entender que o merecimento existe, que a recompensa vem sim, que a vida é justa, que as pessoas certas cruzam nosso caminho, que vida lhe presenteia apenas quando se pode desfrutar, que é possível ser muito mais do que se imagina, que não existe a palavra "comparação", que cada ser é mesmo único, e que ainda temos tanto a aprender. (Francis Helena Cozta)

terça-feira, 10 de março de 2015

Troca

O tempo nada cura. 
O que ele faz é te envolver em novas situações para tentar amenizar o que ficou. Admiração por decepção, paixão por compaixão, alma por calma, viver por conviver, diretriz por cicatriz, falar por calar, confiança por insegurança, emoção por aceitação, assim se faz a troca do tempo. E ele continua a passar. Se lembra de esquecer para se esquecer de lembrar. Falta, vazio, e nada se pode fazer. Está tudo bem, contanto que o tempo não se esqueça de mim. (Francis Helena)

Intacto

O que faz uma pessoa se aproximar de outra? Interesses. 
Interesses em comum, interesses parecidos, interesses em algo que lhes agrada quando estão juntas. 
O que as afasta? Desinteresses. Por não mais compactuarem com os mesmos pensamentos, objetivos, ações e reações. 
Doce tempo sábio que sempre nos diz o que já sabemos e nos volta a repetir. 
Amadurecemos, nos interessamos e desinteressamos, mas nossas raízes sempre falarão mais alto que tudo. Nossas virtudes estão nas nossas escolhas e nossa essência defini nosso caráter.
Se interessar por algo é muito bom, e se desinteressar muitas vezes é melhor ainda.
Filho de peixe quase que sempre peixinho é, e isso é um interesse.
Alimentamos nossa vida com nossos interesses diários que quase sempre são os mesmos de tanto tempo atrás.
Amadurecemos, ou não. Mudamos, ou não.
Mas o que somos de mais profundo, permanece intacto!
Linda vida que sempre nos une e nos afasta do que nos é devido. (Francis Helena)

Alguma coisa

Muito blá blá blá. 
Poucas atitudes. 
O nada concreto. 
E a dúvida de sempre. 
Histórias repetidas. 
Cansaço que vem e vem de novo. 
Andar em círculos. 
Desgaste levando ao nada. "Praques" e "porquês". 
Auto destruição e cobrança. 
Paciência é luxo. 
A expressão correta seria "saco cheio" mesmo. 
Ausência de paz. 
E sempre parece que está faltando alguma coisa. 
Quero tudo novo. 
Quero ir embora daqui. (Francis Helena)

Expectativas

Todos amamos o tal "Antes e Depois", ou o famoso "Veja como ela está agora". 
Cada dia percebo o quanto o ser humano é nostálgico, e até mesmo o quanto vivemos de nossos passados. Se tem curiosidade de saber como alguém que não se vê com frequência, ficou após "duros longos anos" e o que o tempo lhe causou. Percebo ainda que se não se corresponde a expectativa da tal curiosidade, ou se esse tal "tempo" aparentemente lhe fez "mal" aos olhos de terceiros, ou ainda se não se está onde projetam que deveríamos estar, é gerada a indignação.
No caminho da vida, passamos por tantas outras que nos cruzam, adquirimos experiência e acumulamos "passados" para continuarmos sendo nostálgicos. Porque essa ideia fixa de que "éramos felizes e não sabíamos"? Isso é ridículo, pois como não perceber a felicidade se ela é de verdade e intensa.
Desculpe, sabemos quando estamos felizes sim. E em relação a corresponder a expectativa de onde estou hoje, só tenho uma coisa a dizer: - Calce meus sapatos, sinta com meu coração, compreenda profundamente a minha missão para então, só assim, tirar sua conclusão. O tempo passa pra todos. Então nos olhemos, nos encaremos, não nos comparemos e sintamos que parecer ou estar, são para as expectativas, agora, SER, é para os raros. (Francis Helena) 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Delfines

Um planejamento de um ano. Muito, mas muito trabalho (que nos levou à exaustão) para que o que se desejava fosse concretizado. Ficar 15 dias longe de casa (acho que não tinha ficado tanto tempo de férias desde o primário, talvez nem no primário), ser recepcionada nos Estados Unidos com uma caipirinha por uma cubana. Passar o réveillon com cubanos, mexicanos, franceses e brasileiros. Falar em espanhol o tempo todo e quase me esquecer de como se fala em português. Andar tanto, tanto, tanto, para ver coisas diferentes. Não dominar de forma alguma o idioma americano, entrar no prédio errado e invadir sem querer o apartamento de um homem que estava com a camiseta do Batmam (minha vergonha era tanta que só me lembro da camiseta e da cara dele com a expressão tipo "o que vocês estão fazendo aqui?!"). Ter anjos enviados por Deus para nos ajudar a nos comunicarmos e até termos carona. Descobrir de fato o verdadeiro significado da palavra "brasileiro" e entender que temos raízes sim. Podemos ser uma mistura de muitos povos, mas a nossa raiz é inconfundível, incomparável e totalmente reconhecível em qualquer lugar do mundo... A alegria. Descobri que somos alegres de alma, fazemos milagres para viver e muitas vezes para sobreviver, o que nos torna extremamente especiais. Estar em um dos maiores navios do mundo. Sambar ao som de Beyonce, isso mesmo, sambei sozinha no palco no centro do navio com a música da Beyonce convidada pelo diretor do cruzeiro pra fazer a alegria das pessoas e mais uma vez mostrar ao mundo o quanto o brasileiro é querido. Quando desci do palco, uma moça de burca (toda coberta) com um filhinho no colo, veio com um sorriso incrível me agradecer pela dança, e eu mais uma vez agradeci a Deus por ser brasileira e pela minha arte. Conhecer o mar dos meus sonhos, e sim, ele é azul escuro (já dizia minha amada Cris Morena : -"hoy el sol sigue saliendo, es azul oscuro el mar, las estrellas brillan tanto y el misterio de volar"), o mar do Caribe. Desde que me entendo por gente, minha viagem dos sonhos sempre foi conhecer o Caribe. E eu estive naquele mar. Ver haitianos cantando, receber massagem de jamaicanas e amar o jeitinho dos mexicanos. Sim, estive no Haiti, na Jamaica e no México também! Amar parecer que estava dentro da série "Dexter" em Miami. Parecer latina para americanos, e americana para latinos. Andar na rua sem medo algum a qualquer horário. Ver mulheres andando sozinhas falando no celular a uma hora da madrugada. Comer tanta comida mexicana estando nos Estados Unidos, ficar por seis horas bebendo margueritas gigantes e fumando narguilé na Lincoln Road e voltar a pé incontáveis quarteirões. Comer e andar, andar e comer, e assim por diante. Me desesperar com as aves que ficam do nosso lado e em cima da gente como se fossem íntimas na praia de Miami e olhar esse outro mar, dessa vez verde água, lindo e renovador. Mas o auge de todo esse vivido, guardado na memória para sempre, foi estar com certos seres de amor... os golfinhos, the Dolphins, los delfines. Nunca esquecerei a sensação de fazer carinho nele, de nadar com ele, ganhar beijo e até ser ensinada por ele como eu deveria fazer para que ele me carregasse. Sim, eu estava longe do instrutor, somente o golfinho e eu, não sabia onde pegar, sou master lesada, comecei até a ficar com medo, e esse bichinho, mais inteligente que eu, me mostrou sem ninguém mandar, com calma, como eu deveria fazer. Um amor inexplicável. Essa foi a minha recompensa. 
Nunca foi fácil para mim conseguir as coisas que sempre quis na vida. Tudo, absolutamente tudo, sempre foi com muito esforço. Nada foi me dado. Tudo sempre foi com tanto suor, que às vezes chega a cansar. Quando se olha de fora, podemos pensar que a grama do vizinho é verde só por ter nascido verde, mas você pode ter certeza que ele regra a grama com disciplina e esforço. Eu me proponho e proponho a você, não só acreditar, mas chegarmos à exaustão de fato para conseguirmos o que julgamos merecer! CORAGEM... Pois o beijo do golfinho é inesquecível e valeu a pena cada sacrifício. Seja firme, imagine seu golfinho e vá beijá-lo! (Francis Helena)

O Amor

Quantos machucados, cicatrizes eternas, perdões complicados, vidas confusas, histórias jamais pensadas, mas só o amor é o que fica. O tempo passa, a mágoa vem, a tristeza tenta consumir, mas só o amor é o que fica. Quem não tem um sonho? Quem já realizou um sonho? Se o sonho está em seu coração e em sua mente, o único propósito de estar ali, é para ser realizado através do amor. Amar e emtroca amado ser pode-se dizer que é a complicação mais fácil que temos como missão. O amor por si mesmo também é desafiador e talvez o mais importante de fato, pois só sabe amar, aquele que conhece o amor verdadeiro por si mesmo. Maior que a vida, somente o amor, que é capaz de ultrapassá-la. Por vezes se quer desistir, esquecer e até tentar não senti-lo, mas o amor é o único capaz de superar o todo. Haverá dor, algumas cicatrizes jamais fecharão por completo, a compreensão sobre certas coisas nunca existirá, mas só o amor é capaz de ficar. A maior e mais completa sensação que se pode sentir de fato é o amor. Nobre, inteiro e leal a si mesmo, somente o amor. (Francis Helena) 

Ao Meio

Um meio sorriso. 
A noite dormida espaçada. 
Velhas atitudes. Atitudes regressas. Desgaste. Corda bamba. Emoção bamba. Tão desnecessário o tanto. Mas hoje o miúdo se torna gigante, pois será que não foi sempre assim? Onde foi parar a definição do que se dizia perfeito? Miragem. Não se sabe se existe um regresso, ou se por um tempo existiu na verdade, apenas uma projeção. De tão certeira a decisão, se acredita no que se quer e não no que se vive. Estar ao meio. No meio disso, cansaço. Onde se acha o perdão? Um meio termo para o alguém que necessita sempre do todo. O sono chega então e ela se esvai dentro de si mesma. (Francis Helena)