terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Coisas
Nem se sabe como e o que pensar. Não há o que pensar, há um pesar. Doce pesar. Peso que não se pode carregar. Peso, aliás, que torna tudo leve. E torna a sentir as antigas, mas completamente novas sensações. Treze, vinte e três, trinta. Números pesam, números, números e pensamentos, pensamentos e desejos, desejos e coisas. Muita coisa. É o corpo rejuvenescido. Jovialmente instintivo e maduramente necessário. É leve, mas pesa. Quanto maior as asas, mas se pode chocar nos obstáculos. Asas pequenas seriam de mais fácil uso, mas se torna inviável. Vôo efêmero. Se és efêmero que seja intenso. Ah, intensidade, és sempre a que ocasiona o todo de um porque incompreensível. Por ser vontade não está a vontade, ao dispor sim, mas não como se devia. Bom, intenso e efêmero. É leve, mas pesa. É que são muitas coisas. (Francis Helena Cozta)
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