quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Vertical

Eu escolho ser feliz todos os dias e por isso faço tudo o que eu posso com tudo o que eu tenho. Tiro proveito de cada passo e pequena conquista. Por vezes acho que assim então está tão bom. Ah, que bom, tá tudo bem. Que distração! O que me faz arrebatadoramente feliz não tem substituição. A gente se engana achando que ser feliz já é bom, talvez porque “tenhamos” que nos encaixar no dia a dia comum e por vezes nos compararmos, mesmo que sem querer, com quem aceita a felicidade rasa e vive bem assim por escolha, falta de clareza ou por simplesmente não saber o que o faz arrebatadoramente feliz. A busca pelo arrebatadoramente feliz é árdua e por isso acabamos nos confundindo. Se é tão desgastante ir atrás de algo, como é que esse algo pode realmente me fazer bem? Parece estranho. Mas aí é que está! Algumas coisas são tão especiais, que seria impossível achá-las na superficialidade, mesmo que tentemos nos convencer do contrário. Não dá pra se contentar em ser feliz e ponto. Eu sei qual é o meu lugar no mundo, mesmo que eu tente me enquadrar em outros tantos lugares. Custa sim, custa muito seguir o caminho que você sabe que precisa seguir. Talvez porque quanto mais se cava, mais profundo se chega. Quão mais alta e dificultosa for a subida da montanha, mais linda será a vista. Mesmo que eu me distraia e tente “esquecer de lembrar”, eu sei. É vertical. O que te faz arrebatadoramente feliz não tem substituição. (Francis Helena Cozta)

domingo, 20 de outubro de 2019

Lá(qui)

Lá o tempo passa de maneira diferente.
Lá as pessoas não precisam de heróis (elas nem sabem o que é isso).
Lá o amor pelos animais, a conexão com a natureza e a preservação do meio ambiente são de verdade.
Lá não existe tribo, raça, gênero ou qualquer outra denominação para a rotulação ou segregação.
Lá as pessoas pedem permissão antes de falar, perguntar, escrever e opinar sobre a vida de alguém (principalmente se não a conhecem).
Lá as pessoas perdoam as outras porque aprendem a se “auto perdoar”, respeitam as outras porque aprendem a se “auto respeitar”, amam as outras porque aprendem a se “auto amar”.
Lá não se julga o outro, pois não se julga a si mesmo, se aceita.
Lá a prioridade é o autoconhecimento. 
Lá pode parecer utópico, eu sei.
Lá foi de onde eu vim e é pra lá que tento sempre voltar. Aqui. (Francis Helena Cozta)
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Na imagem estou na mostra “O absurdo e a Graça” de @flavia_junqueira_ na @zippergaleria

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Trajeto

Que em cada nova oportunidade vivida, um novo aprendizado venha. Obrigada universo! A transformação se torna inevitável quando o encontro consigo é verdadeiro. Transparente! Novos ares... Assim já era esperado e necessário. O que importa toma o real valor e o descartável cumpre seu significado. Simples assim. O que não tem profundidade ou apenas relevância, já não faz mais sentido. Trajeto! Em busca da melhor versão, filtrando agora a distração. De nada é confortável a tal zona de conforto... Confronto então... Com o óbvio, o imposto, o socialmente aceito, o vulgar ou até popularesco, porque disso já não se satisfaz. Se viajar o Brasil com uma bicicleta (mesmo que no sentido figurado) é uma linda opção, que venham muitos “seus Tiãos” a partir de agora para confirmar que a vida vale a pena! E ela vale! (Francis Helena Cozta)

Sobre Admiração

Não, não precisa estar tudo bem o tempo todo. Porque às vezes realmente não fica tudo bem, e tá tudo bem com isso também. Não, você não precisa concordar mais com discursos que antes faziam sentido, mas agora não fazem mais. Não precisa agradar todo mundo nem ser sorriso toda hora, mesmo que seja um traço de personalidade ser assim. Alguns contratos firmados consigo mesmo podem ser rasgados. Algumas regras impostas por si próprio devem ser quebradas. Aonde não se pode sentir, não tem sentido ficar, pois quando a admiração não se faz mais presente, o respeito passa a ser escasso. Porque muitas vezes, mais importante do que amar, é admirar! (Francis Helena Cozta)

Amarelo

Como pode uma imagem ser fria e quente ao mesmo tempo? E uma vida? Só sei que de morno nada tem. Tanta gente querendo viver, tanta gente tentando sobreviver e tanta gente querendo desaparecer.
Tá difícil pra mim, tá difícil pra você, nas notícias só vemos homicídio, mas a palavra que dá mesmo medo de dizer é “suicídio”. Se o setembro é amarelo, em que canto o elo se escondeu? Aonde amar é desafio, talvez realmente estejamos por um fio.
Amar elo, amar Elo, amarelo... Da cor do Sol que anda tão escondido. Como então passar ileso por outubro para encontrar o “doce novembro”? Em tempos (sombrios) de vislumbres de crescimento econômico, branding (im)pessoal, influenciadores, seguidores, gestão de marcas, estudo de imagem e um milhão de estrategistas e especialistas enfiando nossa goela abaixo como ser, agir, se posicionar e até pensar, onde se encaixa setembro e seu esplendoroso amarelar? É que às vezes eu também me perco e não sei como te ajudar. Talvez porque eu não seja estrategista, sou apenas um mero artista. (Francis Helena Cozta) 🌼
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#setembroamarelo