Recuamos para avançarmos. Não olhamos para trás. Já sabemos o que foi feito. Recuamos para impulsionarmos. No ballet clássico a quarta posição compreende um pé atrás e outro a frente com o peso do corpo quase que equilibrado entre os dois. Por ser por vezes uma posição preparatória para giros, o peso do corpo fica levemente na perna que está na frente, pois a perna de trás é impulsionada a rejeitar o chão para que o eixo venha para frente e a pirueta se faça concreta. Se um dos pés não ficar atrás, o giro perfeito não pode se concretizar.
É claro que podemos girar algumas piruetas iniciando de quinta posição onde os pés permanecem juntos, mas fouettes somente são possíveis se iniciados de quarta.
É preciso nos prepararmos. É preciso termos um pé atrás. É preciso equilibrar o peso de tudo. É preciso atentar-se ao eixo. É preciso usar a quarta posição da vida. É preciso impulsionar, rejeitar e finalmente girar. Em seu próprio eixo a rotação perfeita. É hora de girar, de sentir o ar se tornar vento. O vento feito por si próprio. É possível fazer ventar e não apenas esperar pela ventania externa. É hora de ser cata-vento. Estou em quarta posição. (Francis Helena)
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