quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Dessa Vez

Não tem a ver com o resultado. Espera. Na verdade, tem sim. Não o resultado do que o outro vai achar, mas do que se consegue individualmente durante o processo. Parece clichê dizer que foi diferente, pois de alguma forma sempre é. A questão está no que foi diferente dessa vez. Quase dois anos sem ser quem se é, exatamente não sendo como si próprio. Eu sei, parece loucura (e talvez seja), mas tem total lucidez. O astigmatismo que não existe mais, o misticismo que se foi, a nova percepção, o outro tipo de envolvimento, a nova sensação de ser quem se é agora. Está tudo diferente do diferente que já seria. A paixão e o encontro consigo permanecem intactos, mesmo que também estejam diferentes. Parece paradoxal, mas não é. Eu mudei, tudo mudou, mesmo que algumas coisas jamais mudem (mesmo que estejam diferentes). Experiência íntima e particular, mesmo sendo coletiva. Tudo faz sentido. O Sol brilhava lá fora. Eu subia no palco. (Francis Helena Cozta)

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