quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

E ela vai…

Na tentativa de pegar no sono, o mantra “ninguém te deve nada, ninguém te deve nada, ninguém te deve nada”, se deu até encontrar um leve aconchego na solidão. Existe um árduo trabalho, mas extremamente recompensador, na batalha da auto percepção de si mesmo e em seus valores mais intrínsecos, mesmo não reconhecidos por alguém que tenha lhe dado a vida. Ok… Algumas coisas não devem ser ditas, mas é muito custoso para o poeta “não sangrar em tanques de tubarões”. A escrita organiza a mente, expurga o ódio, tenta trazer equilíbrio. Na turbulência de estar num pesadelo, o ofício (que de alguma forma sempre se faz presente), aos poucos vai fazendo lembrar da própria realidade e de quem se é verdadeiramente aqui, no palpável. E a certeza de que é aqui que se deve estar. E ela vai… (Francis Helena Cozta)