terça-feira, 6 de agosto de 2024

O Encontro

O desafio era escrever uma matéria jornalística sobre turismo cinematográfico, baseada na experiência do meu amigo Pedro Godoy, Mas a artista/jornalista que vos fala escreveu uma crônica! Segue aqui 👇🏻


O ENCONTRO 

crônica por Francis Helena Cozta


Era abril de 2023 e Pedro pegou o metrô mais uma vez.  

Mas nesse dia, não era rumo à estação Patriarca da linha vermelha do metrô de São Paulo.  


O metrô, que faz parte da rotina de Pedro, naquele momento, passava longe disso. 

Estar ali, a caminho do local de trabalho de Peter, era um sonho antigo. 


Pedro conheceu Peter em 2006 e a identificação foi imediata.  

Ambos sempre se sentiram "um cara comum". E Pedro, por causa de Peter, aceitou que era ok ser comum, e que, na verdade, existia até uma magia nisso.  

Os gostos também eram os mesmos: a paixão pela fotografia e o interesse pelo jornalismo. 


Peter tinha um segredo que Pedro sempre soube e que o admirava por isso.  

Não era nada fácil ser Peter, e Pedro também sabia disso. Talvez, ser Pedro, também tivesse seus desafios. 


Para ir ao encontro do local de trabalho de Peter, Pedro teve de enfrentar um de seus maiores medos, que, claramente, não era o de andar de metrô, mas sim, voar de avião. 


Mas Pedro havia aprendido com Peter a coragem que precisava, mesmo que fosse preciso "se esconder", pois sabia que não importava quem estava por trás da máscara, mas sim, o que se faz quando se está com ela. 


Pedro levou sua câmera analógica para registrar o encontro. Peter teria feito o mesmo.  O local de trabalho de Peter, fundado em 1975, havia mudado de endereço, mas isso não importava para Pedro. 


Ele poderia ter passado primeiro na St. Patric's Old Cathedral, no Ghostbuster Headquarters ou no Rockfeller Center, mas ficaria para depois. 


Pedro estava com seu pai, que era pessoa fundamental na conexão dele com Peter. Seu pai também o havia apresentado a mais uma paixão (talvez a maior de todas), o cinema. 


Pedro finalmente adentrou o local, pediu uma pizza de pepperoni, que estava longe de ser a mais gostosa que já comeu na vida. Mas isso também não importava. 


Pedro estava lá, com o seu próprio tio Ben, vulgo seu pai, com quem dividia o aprendizado de saber que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. 

Pedro finalmente estava na Joe's Pizza. 


E naquele encontro consigo mesmo, não registrou a fachada do lugar com sua câmera, pois ali, fez a promessa de realizar tal feito quando se mudasse, então, para viver em Nova York.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

O que?

O que teria sido de mim se as escolhas não me fossem impostas? O que teria sido de mim se me fosse permitido errar? O que teria sido de mim se eu tivesse vivido com a sensação de segurança? O que teria sido de mim conviver com a estabilidade? O que teria sido de mim se não tivessem me dito que “eu nasci pra isso”? O que teria sido de mim se eu pudesse ser livre?

Então… O que sobra de mim quando tudo quanto é influência se esvai? O que sobra de mim quando as referências já não importam? O que sobra de mim quando não existe mais “missão”? O que sobra de mim após eu dizer não? O que sobra de mim após tirar a venda dos olhos? O que sobra de mim quando tudo isso se vai.

O que sobraria de mim se minhas escolhas de fato tivessem sido minhas? Ainda dá tempo. Ainda bem! (Francis Helena)

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

sem pontuação mais uma vez

agora não tem mais desculpa o ano começou é segunda-feira já são nove e meia tem que fazer o post de trabalho lembra que não pode furar nenhum dia constância é a alma do negócio só depende de você faz tudo que você pode no momento não dá vontade de levantar mas tem louça pra lavar que vontade de cancelar a faculdade responde o whatsapp porque você tá se exponde aqui de novo porque se esconder pra que que vontade de sumir mas que vontade de falar ainda sou artista mesmo não me achando mais artista a mistura de cansaço e agitação parece ansiedade mas tá mais pra depressão é só mais um dia faz parte da recuperação do covid será que foi o covid que deixou pra baixo tá corajosa hoje sua medrosa faz o que tem que fazer começou a escrever porque lembrou que ostra feliz não faz pérola mas quem disse que tá bom isso aqui pra que e porque não sem certeza de mais nada no fim das contas é sempre sobre dinheiro (Francis Helena Cozta)