quinta-feira, 4 de abril de 2019
Instável
Hoje eu começo minha crônica sem saber ao certo como começar (talvez eu sempre faça exatamente isso). Hoje eu queria dizer tanta coisa e ao mesmo tempo nem estar escrevendo nesse exato momento. Hoje tantos pensamentos me vieram e tantas sensações opostas foram sentidas. Nada de 8 ou 80, pois isso já não existe por aqui, mas 8, 16, 32, 12, 24 e assim desordenadamente aleatório. Paro agora e penso: - “Caramba, estou escrevendo em primeira pessoa”. (Em geral eu escrevo em terceira). Talvez seja porque está tão complicado dizer (ou entender mesmo) tudo que se passa aqui, que a escrita esteja mais próxima de mim mesma. E esse é o desafio... Estar próximo de si, da sua essência, do seu eu profundo que talvez ainda não se tenha encontrado... Ou se encontrou, mas se perdeu no caminho, ou até mesmo está tão mudado que soa estranho. Na verdade, acho que está em mutação. Tudo nebuloso, frenético, confuso e instável. Já não se sabe ao certo dos reais quereres. E de quem se é, talvez seja a hora de começar a saber. E volto eu a escrever em terceira pessoa. (Francis Helena Cozta)
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