quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Promova o que te encanta ao invés de atacar o que te desagrada

As palavras representatividade, empatia, minoria, empoderamento e até liberdade começaram a fazer parte do nosso cotidiano. Mas será que realmente estamos prontos para defender tais pautas? Ayn Rand defendia que a menor minoria do mundo é o indivíduo. Partindo desse princípio, não acredito que a mudança que queremos seja coletiva, mas sim individual. Afinal um conjunto de indivíduos é que forma um coletivo. E mesmo que alguém faça parte de um grupo, ainda assim ele pode ter pensamentos diferentes de outros membros desse grupo ao qual ele está inserido. Se lutamos tanto por diversidade, por que nos indignamos quando alguém pensa ou age diferente do que imaginamos? Não é para isso que lutamos? Para que tenhamos a liberdade de sermos diferentes? Então por que ainda choca o fato de alguém ter atitudes diferentes das quais teríamos? “Ah, mas eu teria agido assim... “Ah, mas que absurdo, se eu fosse tal pessoa agiria assim.” Disse bem. VOCÊ agiria assim. O outro fez diferente, pois é OUTRO. Só estaremos prontos para defender a liberdade, a partir do momento que entendermos que o outro também é livre. Você pode até discordar e julgar a atitude de alguém que lhe é contrária ao que você imaginou que seria. Mas bradar seu ódio aos sete ventos, se achar digno de dizer do que aquela pessoa é merecedora e apontar o dedo como se você estivesse a par de absolutamente tudo o que diz respeito a ela, não me parece uma atitude de quem é de fato livre. Para eu ser livre eu liberto o outro, afinal (mais uma vez) o outro é OUTRO. E por mais que você conheça fotos da vida de alguém, o filme daquela vida você não assistiu. Para lutarmos por liberdade, talvez seja necessário lutarmos primeiro por individualidade, identidade e autonomia. Só assim, talvez, possamos compreender que somos diferentes, únicos e livres. Afinal estaremos olhando para nós mesmos, nos autoconhecendo e tentando aprimorar o que julgamos ter de falho. Páre de perder tempo expondo sua reclamação sobre o outro e comece a usar esse tempo para a auto percepção. Só assim entenderemos sobre empatia e respeito. Promova o que te encanta ao invés de atacar o que te desagrada. (Francis Helena Cozta)

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