terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Escrevo-te

Escrevo-te na divagação do “não sei o que”, pois assim me permito hoje. Assim escreverei por três vezes seguidas. Já disse que é porque me permito hoje? Hoje decido ser diferente e não sufocar a vontade da expressão, mas fazê-la a minha maneira. Quem vê de fora deve pensar: -“Até parece que ali existe algum sufocar ou algo do tipo.” Pois é, isso não combina com o pássaro que abriu a própria gaiola. Algumas vezes penso assim e também não entendo. Na verdade entendo sim. Ainda há um certo nevoeiro que permeia as idas e vindas dos pensamentos a despeito das tais escolhas. Todavia não há total clareza que é possível só ser e não mais ter de escolher. Só sei que hoje se está assim e essas fotos me remetem a frase “para reger a orquestra é preciso dar as costas à plateia”, mesmo que a música tocada seja para que ela aprecie. (Francis Helena Cozta)

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