Estou levando na mala uma mistura de novos sabores, cores e amores.
Tem um monte de sotaques também, e nenhum deles é igual ao meu.
Tem novas vozes, palavras e músicas.
Tem frisson, frio na barriga e tesão.
Tem quartos de hotel, sala de ensaio, palco e câmera.
A mala está mais pesada, a alma mais leve e ambas bagunçadas (ainda bem).
Em um mês, três destinos e linguagens de trabalhos completamente diferentes entre si, e a mesma eu (ou não mais).
Um mês alternando entre a extrema solitude e a agitação da criação em grupo.
Um mês com olhos de criança turista curiosa.
Na minha bagagem carrego a confirmação das escolhas certas, a celebração da coragem e a surpresa do rejuvenescimento.
Já estou sentindo falta de mim, dentro das experiências recém vividas, mas como bem já disse o poeta… A saudade é o azar de quem teve muita sorte.
Estou viva!
(Francis Helena Cozta)
Almas e bagagens bagunçadas. Que delícia
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